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298 resultados encontrados com uma busca vazia

  • Centro Terra Viva capacita técnicos de urbanização na Província de Inhambane

    O Centro Terra Viva realizou, entre os dias 22 e 23 de maio, uma capacitação em Governação Urbana e Direito à Cidadania, dirigida aos vereadores municipais, técnicos de urbanização, técnicos da Direção Provincial de Desenvolvimento Territorial e Ambiente (DPDTA) de Inhambane e representantes de organizações da sociedade civil. A iniciativa decorreu no âmbito do projeto “Província de Inhambane: Sustentável, Inclusiva e Resiliente – Projecto SIRI”, implementado pelo Conselho Executivo da Província de Inhambane. O evento teve lugar na Cidade de Inhambane, e contou com a participação de representantes dos municípios de Quissico, Homoíne, Maxixe e Inhambane. Durante a formação, foram abordados diversos temas relevantes para o desenvolvimento urbano inclusivo, nomeadamente, comunicação; direitos humanos e participação do cidadão; direito de acesso à informação; direito à cidade particularmente com enfoque nas questões de género e planeamento urbano; participação como pilar dos processos de urbanização; reforma do quadro jurídico de terras e de ordenamento territorial, e os desafios enfrentados na urbanização. Esta capacitação enquadra-se na segunda fase do Projecto SIRI, que apoia quatro municípios da província na elaboração dos seus Planos de Estrutura Urbana (PEUs). A primeira fase envolveu várias unidades territoriais, abrangendo municípios e distritos. No encerramento do evento, os participantes reconheceram, de forma unânime, que o modelo actual de desenvolvimento urbano nas referidas unidades territoriais vai registar mudandaças positivas tendo em conta a adopção de processos de tomada de decisão participativos, inclusão género, da juventude e organizações da sociedade civil.

  • Mussel Production in Machangulo: A Sustainable Solution for Coastal CommunitiesSolution Brief

    Mussel production in the coastal community of Machangulo is consolidating itself as a sustainable and inclusive income-generating alternative for coastal communities, especially women. The initiative combines traditional fishing knowledge with sustainable aquaculture, with low environmental impact and high potential for replication in other coastal areas. Location and Context Machangulo is located in Matutuine District, Maputo Province. With calm waters, rich in plankton and ideal for the cultivation of bivalves, the region has natural conditions favorable to mussel production.  This favourable environment, associated with the growing pressure on fisheries resources, has driven the adoption of alternative food production practices. The practice has been introduced to members of Community Fisheries Councils, especially women, as an alternative to traditional fishing. Detail of the Community of Machangulo (Photo: CTV) Challenges Addressed - Increasing pressure on natural fisheries resources;- Lack of sustainable income alternatives in coastal communities;- Need to integrate aquaculture practices with traditional knowledge;- Infrastructure limitations and access to markets for smallholders. - Improvement of coastal water quality through filtration by mussels;- Income generation for local families, with emphasis on the productive inclusion of women;- Reduction of pressure on artisanal fishing and promotion of food security;- Strengthening of local technical capacities in sustainable aquaculture;- Direct contributions to SDGs 1 (No poverty), 5 (Gender equality),   12 (Responsible consumption) and 14 (Life in the water).   Key Components (Building Blocks) 1. Integrated Technical and Traditional Knowledge Mussel production combines modern aquaculture techniques with the traditional knowledge of local fishermen. This integration facilitates the acceptance of the practice and its alignment with community routines. Enabling factors: proximity to the sea and familiarity with tidal cycles. Lessons learned: valuing local knowledge increases engagement and the effectiveness of adopted practices.   2. Cultivation System with Longlines Mussel farming in Machangulu involves several meticulous steps that require specific materials and aquaculture techniques. Long ropes, 50 meters long on which sachets with mussel seeds are hung, are prepared and are held fixed by a concrete weight to serve as an anchor on the seabed, a procedure that keeps the longlines stretched and where the signaling buoys are placed. This system keeps the mollusks submerged even during low tides and requires ongoing maintenance. The main materials include nets, ropes better known as longlines, buoys, mussel seeds, hand tools and sea transport. The longlines, cotton nets are sewn in the form of sachets, where the mussel seeds are placed, with initial dimensions between 1 and 1.5 inches (small mussels). This system ensures that the mussels remain submerged in water, even during the lowest tides. Preparation of mesh bags and anchoring weights (Photo: CTV)   The production cycle lasts approximately eight months and requires continuous maintenance, including cleaning, adjustments, and regular monitoring the growth of the mussel. By the end of the cycle, each bag typically yields between 8 and 10 kilograms of mussels. Harvesting takes place based on market demand. The price per kilogram, initially set at 500 MZN, has since dropped to between 180 and 200 MZN, but is expected to rise again as markets expand. Enabling factors: availability of basic materials and technical support. Lessons learned: Regular monitoring of growth is essential for the success of the production cycle.                          Harvesting of mussels from the sea and from mesh bags (Photo:CTV) 3 Story Maria, one of the first women to participate in the activity in Machangulo, says that initially there was mistrust about the cultivation. Today, she leads a small group of women who perform longline maintenance. 'Before, we only depended on fishing. Now we have a new source of income.'   Opportunities Investments in value chains, including processing and packaging, along with the development of suitable export channels, can integrate local production into the domestic and international market, aligning with global sustainable trade trends. In this way, mussel aquaculture in Machangulo is not only a viable economic alternative, but also an opportunity to strengthen local communities in harmony with the environment.   Social and Environmental Impacts Environmental: Mussels act as natural filter feeders, improving water quality by removing suspended particles. Their production contributes to reducing pressure on natural fisheries resources. Social:  Generation of local income, appreciation of traditional knowledge, inclusion of women and youth, and strengthening of food security in coastal communities. Economic:  Stimulation of the local and regional economy, with potential for integration into the tourism value chain and the urban market of the city of Maputo.   Key Elements of Success Favorable natural environmental conditions (abundant plankton, calm and clean waters); Combination of traditional and technical knowledge in aquaculture; Low cost of implementation and operation; Structured community organization, participatory cohesion among practicing members; Institutional support in training, provision of materials and technical assistance.    Main resources and tools required for mussel farming (Photo: CTV)   Lessons Learned Continuous technical training is essential to ensure good management practices and guarantee the quality of the final product; The valorization of local knowledge contributes to greater community ownership of technology; The absence of clear strategies for access to foreign markets still limits the growth and profitability of production.   Replication Potential The solution is highly replicable in other coastal areas with similar ecological characteristics. Its structural simplicity, low initial investment and adaptability to local communities make this practice a viable and promising option for strengthening the blue economy in Mozambique and other developing countries.

  • Formação de Paralegais Reforça Governação da Terra e Gestão de Recursos Naturais em Seis Distritos de Sofala

    Pormenor dos paralegais em formacao no Distrito de Nhamatanda (foto: CTV) O Centro Terra Viva realizou de maio a esta parte, uma formação de paralegais nos domínios da governação da terra e da gestão de recursos naturais, abrangendo os distritos de Muanza, Cheringoma, Marínguè, Gorongosa, Nhamatanda e Dondo, na província de Sofala. Esta actividade enquadra-se no âmbito do projeto LAND-at-scale, financiado pelo governo holandês, que visa aumentar a consciencialização jurídica das comunidades e reforçar a segurança dos direitos de posse da terra. O projecto procura ainda fortalecer as capacidades locais para implementar as disposições progressistas do quadro jurídico moçambicano. Este primeiro ciclo de formação contou com cerca de 68 participantes, dos quais 20 são mulheres e 48 homens, oriundos dos seis distritos acima mencionados. Durante a formação, foi notório o entusiasmo dos formandos, sendo que mais de 95% tiveram pela primeira vez acesso a conteúdos relacionados com o quadro legal da terra, dos recursos naturais e os fundamentos legais da conservação ambiental. Para a segunda quinzena de julho deste ano, estão previstas actividades complementares, como diálogos comunitários liderados pelos recém-formados paralegais e debates radiofónicos sobre os principais aspetos da governação da terra e gestão de recursos naturais. Estes debates serão transmitidos pelas rádios comunitárias na língua Sena, predominante na região. Esta formação ocorre num momento estratégico, em que decorre o processo de revisão da Lei de Terras. Importa destacar que a recém-aprovada Política Nacional de Terras reconhece formalmente a figura do paralegal, destacando o seu papel fundamental na promoção da justiça e do uso sustentável da terra a nível comunitário. A segunda fase do ciclo formativo está prevista para agosto e incluirá a consolidação dos conhecimentos adquiridos, bem como actividades práticas nas comunidades, permitindo aos paralegais aplicar os conteúdos aprendidos de forma directa e participativa. O LAND-at-scale está a ser implementado na zona tampão do Parque Nacional da Gorongosa, em parceria com o Projeto de Restauração da Gorongosa, que, por sua vez, executa o Programa de Desenvolvimento de Meios de Subsistência Sustentáveis para as Comunidades da Zona de Desenvolvimento Sustentável do Parque Nacional da Gorongosa (SLDP Gorongosa, na sigla em inglês), também financiado pelo governo dos Países Baixos.

  • Centro Terra Viva (CTV) Distribui Fruteiras ás Comunidades Locais em Iniciativa de Mitigação dos efeitos das Mudanças Climáticas

    O CTV distribuiu, nos dias de ontem e hoje, 1698 fruteiras as seis comunidades dos distritos de Matutuine e Moamba, na Província de Maputo. Esta actividade faz parte do projeto de engajamento de jovens e mulheres nas iniciativas de mitigação dos impactos das mudanças climáticas, por meio da implementação de acções de sequestro de carbono e boas práticas ambientais. Os beneficiários incluem membros das comunidades de Mabilibili, Fábrica de Cal e Macassane, em Matutuine, totalizando 1030 famílias que receberam mudas de mangueiras e laranjeiras, preparadas para se reproduzirem em um curto período de tempo. No distrito de Moamba, as comunidades de Ligongolo, Mahungo e Gavaza foram contempladas com 668 mudas, das mesmas espécies. Os beneficiários contarão com a assistência de extensionistas vinculados aos Serviços Distritais de Actividades Económicas, que inicialmente tiveram a missão de avaliação dos solos e da viabilidade das fruteiras selecionadas. Além disso, as mesmas comunidades possuem paralegais capacitados e também disponíveis para apoiar as comunidades, na promoção de acções voltadas para a preservação ambiental e a gestão sustentável da terra. A actividade foi realizada em celebração ao Dia Mundial da Floresta, comemorado a 21 de março, sob o lema “Florestas e Alimentos”, que enfatiza a importância da segurança alimentar, nutrição e meios de subsistência. Neste contexto, as comunidades não apenas contribuirão para o sequestro de carbono, mas também poderão produzir frutas para consumo próprio. É importante ressaltar que uma parte significativa dos membros das comunidades beneficiadas não possuía fruteiras em suas propriedades devido ao mito segundo o qual a pessoa que plantou iria morrer assim que nascerem frutos. A cerim ó nia de entrega das fruteiras contou com a presença de representantes dos Serviços Provinciais do Ambiente e das autoridades governamentais locais, incluindo os Chefes das Localidades. As autoridades públicas elogiaram a iniciativa do CTV e destacaram a importância de continuar a consciencializar as comunidades sobre a necessidade de uma postura proativa em relação ao meio ambiente, especialmente sobre as mudanças climáticas. Em resposta, as comunidades expressaram a sua satisfação pela oportunidade recebida e comprometeram-se a cuidar das plantas transmitindo as práticas e saberes aos mais novos. O projecto e implementado com o financiamento pela Global Alliance for Green and Gender Action (GAGGA).

  • Falta de Consenso Marca a X Sessão do Fórum de Consulta sobre Terras

    Foto cedida pelo Ministerio da Agricultura, Ambiente e Pesca A X Sessão do Fórum de Consulta sobre Terras, realizada em Maputo, nos dias 28 e 29 de abril, com intuito de apresentar o Ante-projecto da Lei de Terras foi marcada por falta de consenso sobre o conteudo do documento discutido pelos participantes. O evento decorreu sob o lema "Por um acesso equitativo, posse segura, uso sustentável da terra e outros recursos naturais, ao serviço da sociedade moçambicana". Participaram na consulta governantes de diferentes níveis, funcionários públicos, representantes de partidos políticos, deputados, academia, organizações da sociedade civil, sector privado, líderes comunitários, membros das comunidades locais, entre outros convidados. Na ocasião foi apresentado o ponto de situação do processo de revisão da legislação de terras, seguida de debates sobre várias questões sensíveis entre elas as consultas comunitárias, a transmissão onerosa, o reassentamento, o alargamento da competência de atribuição do direito de uso e aproveitamento da terra (DUAT) e a necessidade de maior clareza em conceitos fundamentais como a distinção entre Estado e Governo, que frequentemente têm sido confundidos na administração pública, o que tem originado problemas na implementação da actual Lei de Terras. O ordenamento e cadastro de terras foi outro ponto crítico, com apelos tanto de governantes como de profissionais da área para a consolidação da descentralização e implementação efectiva desses instrumentos, como forma de prevenir conflitos fundiários. Neste contexto, foi sugerida a simplificação dos processos de atribuição do DUAT, especialmente em casos de investimento, com propostas para que a atribuição ocorra em fases, conforme a capacidade do investidor e evitar ociosidade da terra. Houve ainda discussões acesas com ênfase para representantes dos camponeses, os próprios administradores a proporem a ampliação de competência dos administradores distritais na atribuição de DUATs até 1.000 hectares, e para que as reservas do Estado sejam usadas exclusivamente para fins estatais, vedando-se outras finalidades. Esta sugestão baseia-se na necessidade de flexibilizar o processo de atribuição de DUATs considerado excessivamente moroso e burocrático. No entanto, até ao fim da sessão, persistiam divergências quanto à atribuição de competências dos administradores para a concessão de DUATs fora das zonas urbanizadas, sobretudo no que diz respeito à dimensão das áreas que podem ser aprovadas por diferentes níveis da administração. Outras intervenções, inclusive de governadores e secretários de Estado, sugeriram a exclusão dos administradores distritais das consultas comunitárias, excepto nas áreas onde não tenham competência para atribuir terras, devendo continuar envolvidos quando essa responsabilidade lhes for atribuída. Os participantes — entre juristas das organizações da sociedade civil e académicos — também alertaram a Comissão de Revisão para a necessidade de harmonizar a futura Lei de Terras com outros instrumentos legais relacionados à gestão de recursos naturais e ao ordenamento territorial, sendo essa desarticulação considerada uma das principais causas de conflitos fundiários no país. A Comissão foi ainda instada a evitar que a lei preveja a presença da Polícia da República de Moçambique (PRM) e do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE) nas consultas comunitárias, por serem considerados elementos potencialmente intimidatórios para os membros das comunidades envolvidas. A proposta do anteprojecto também foi criticada quanto à sua capacidade de dar resposta às recomendações da Política Nacional de Terras e à Estratégia da sua Implementação, especialmente no que diz respeito à prevenção de conflitos, protecção das comunidades vulneráveis, dinamização do desenvolvimento local e combate à mercantilização da terra. Entre outras preocupações levantadas durante a sessão, destacou-se a rejeição da transmissão onerosa dos DUATs, considerada incompatível com os princípios que regem a política fundiária nacional. Defendeu-se igualmente que a responsabilidade social dos investidores não deve ser usada como contrapartida na cedência de terras, sob pena de desvalorizar o verdadeiro valor da terra. Foi ainda sublinhada a importância de uma análise cautelosa dos processos de reassentamento em áreas de conservação da natureza, como os parques, uma vez que podem agravar a vulnerabilidade das comunidades afectadas pelo conflito Homem Fauna Bravia. A harmonização entre a nova Lei de Terras e os demais instrumentos legais que regulam os recursos naturais e o ordenamento territorial foi apontada como essencial para evitar conflitos e sobreposições domínios de terras. Concluiu-se que, após a aprovação da nova legislação, será fundamental reforçar a capacitação dos administradores distritais e chefes de postos administrativos, que passarão a desempenhar um papel central na atribuição de DUATs. A eficácia da implementação da nova lei dependerá, em grande medida, da preparação técnica e do apoio institucional concedido a esses novos agentes locais.

  • Moçambique Prepara-se para o VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental

    A delegação moçambicana reuniu-se ontem para planear a sua participação no VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, promovido pela Rede Lusófona. O evento ocorrerá de 21 a 25 de julho, no Centro de Convenções do Amazonas - Vasco Vasques, em Manaus, Brasil e vai reunir participantes do Brasil, Portugal, Timor Leste, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e Galícia. Os cerca de 17 Moçambicanos estarão presentes, representando instituições governamentais, académicas, organizações da sociedade civil e outras entidades que actuam na pesquisa e implementação de projectos de educação ambiental e conservação, com foco especial nas comunidades locais. Esses participantes submeteram propostas de artigos científicos, pósteres, relatórios de pesquisa e outras formas de comunicação que integrarão o congresso. Além disso, alguns deles farão parte dos painéis de trabalho, bem como das comissões científicas e de organização do evento. De entre os trabalhos selecionados consta Fortalecimento de consciência climática na arborização urbana de Maputo: Experiências de extensão universitária com trabalhadores municipais ; Análise dos desafios de empregabilidade dos licenciados em EA pela UEM ; Impacto da EA no ensino primário: Uma experiência do projecto de EA; entre outros. Durante a fase de inscrições, Moçambique registou aproximadamente 140 interessados em compartilhar experiências nas diversas áreas de conhecimento e actuação de experiências de educação ambiental e conservação, mudanças climáticas e inclusão social, em várias partes do país. Apesar do entusiasmo em participar deste importante momento de aprendizado e troca de experiências sobre questões ambientais, uma parte significativa dos interessados enfrenta limitações financeiras, o que os leva a buscar apoio junto a seus parceiros. O VIII Congresso de Educação Ambiental será realizado sob o lema “Educação Ambiental e Acção Local: Respostas à Emergência Climática, Justiça Ambiental, Democracia e Bem Viver”. O evento vai assentar sobre cinco eixos de reflexão nomeadamente: (01) compromissos internacionais, nacionais e municipais com as políticas públicas de educação ambiental como resposta às crises ambiental e climática; (02) educação ambiental e justiça climática global e local: realidades e caminhos a percorrer; (03) educação ambiental e desenvolvimento humano: direitos fundamentais à água, segurança e soberania alimentar; (04) educação ambiental no sistema educativo, juventudes, infâncias e diálogos intergeracionais; e (05) educação ambiental e respostas sociais e ambientais - sociobiodiversidade, geodiversidade, ancestralidade, povos indígenas, comunidades tradicionais e grupos em situação de invisibilidade e vulnerabilidade.Vale ressaltar que Moçambique foi o anfitrião do VII Congresso de Educação Ambiental, do qual colheu benefícios significativos, e busca continuar estreitando laços de cooperação e colaboração com participantes.

  • Procuradoria Provincial da República  - Maputo e CTV operacionalizam o seu o plano de acção

    A Procuradoria Provincial da República – Maputo, em colaboração com o Centro Terra Viva (CTV), iniciaram a operacionalização do Memorando de Entendimento assinado recentemente, com a realização das mesas redonda dedicadas exclusivamente aos técnicos, licenciadores e fiscalizadores do sector ambiental da Província de Maputo. O primeiro evento foi promovido pelo Departamento de Interesse Colectivo e Difuso, com a participação de representantes das Direções Provinciais de Ambiente e da Agricultura, dos Serviços Provinciais de Ambiente e de Infraestrutura, da Delegação Provincial da Agência de Qualidade Ambiental, da Área de Proteção Ambiental (APA), além de pontos focais e magistrados das procuradorias distritais da região. Durante o evento a Procuradora Provincial Chefe, Evelina Samuel Gomane reforçou a importância da colaboração entre as instituições na promoção de uma gestão ambiental mais eficaz e legal. A mesa redonda teve como objetivo principal discutir temas cruciais sobre a gestão ambiental, fiscalização e licenciamento, bem como a responsabilidade das instituições públicas e privadas na implementação de projetos de desenvolvimento. Durante o encontro, os participantes tiveram a oportunidade de trocar experiências e aprofundar os conhecimentos sobre os instrumentos normativos ambientais que orientam o funcionamento da Administração Pública no seu dia a dia, com foco na necessidade de garantir o cumprimento dos procedimentos legais que asseguram a preservação do meio ambiente. O primeiro tema abordado foi o impacto dos projetos de desenvolvimento no meio ambiente e a problemática do licenciamento ambiental, onde os participantes discutiram situações reais que têm causado danos sociais, econômicos e ambientais, muitas vezes devido à falta de comunicação entre os diversos sectores envolvidos, incluindo o estudo insuficiente das legislação pertinente e a influência política na aprovação de projectos. Na ocasião, ficou claro que, em muitos casos, decisões sobre o licenciamento de projectos não levam em conta adequadamente o impacto para as comunidades locais e o equilíbrio ambiental. O debate destacou a urgência de rever e melhorar os processos de licenciamento, com maior transparência e participação da sociedade. O segundo tema da mesa redonda focou na fiscalização ambiental e a importância de envolver a sociedade civil nesse processo. Sobre o mesmo,  foram discutidas as implicações do artigo 90 da Constituição da República de Moçambique, que garante a todos os cidadãos o direito e o dever de contribuir para a defesa do meio ambiente. A ideia central da discussão foi enfatizar que a fiscalização não deve ser uma responsabilidade exclusiva das instituições estatais, mas sim um esforço conjunto que inclui cidadãos, organizações não governamentais e as comunidades. Durante o evento os participantes ressaltaram ainda a necessidade de fortalecer os mecanismos de fiscalização, criando uma rede de vigilância ambiental que envolva todos os actores sociais, com o objectivo de garantir a proteção do meio ambiente de forma mais abrangente e eficaz. Por fim, o terceiro tema abordado foi a responsabilidade dos licenciadores, fiscalizadores e gestores públicos no cumprimento das normas legais ambientais. Desta feita, o debate centrou-se na importância de assegurar que os procedimentos legais sejam seguidos rigorosamente por todas as partes envolvidas, e que os infractores sejam devidamente responsabilizados. Neste contexto, foram discutidos casos em que houve incumprimento de procedimentos legais, tanto por parte dos licenciadores e fiscalizadores quanto dos investidores e proponentes de projectos. A necessidade de reforçar a responsabilização dos gestores públicos e dos investidores foi uma das questões mais destacadas. Além disso, foram indicados caminhos para resolver possíveis ilegalidades nos processos administrativos e as consequências que tais práticas podem gerar, tanto no âmbito judicial quanto administrativo. No fim do evento, os participantes expressaram sua satisfação com a realização da mesa redonda, destacando a importância do diálogo contínuo entre as diversas partes envolvidas na gestão ambiental. Muitos sugeriram a replicação deste modelo de interação em fóruns mais amplos, com a inclusão das autoridades públicas provinciais e órgãos centrais, para garantir uma abordagem mais integrada e eficaz na solução dos problemas ambientais. Foi acordado que seria necessário um esforço conjunto para mudar comportamentos e melhorar as práticas de fiscalização e licenciamento, com base nos princípios estabelecidos pela Constituição da República e nas leis ambientais do país.

  • Procuradoria Provincial de Maputo e Centro Terra Viva Assinam Memorando para Promover  Direitos das Comunidades Locais na Gestão da Terra e outros Recursos Naturais

    Num passo importante para a protecção dos direitos das comunidades locais na Província de Maputo, a Procuradoria Provincial de Maputo (PPR-Maputo) através da Digníssima procuradora provincial, Dra. Evelina Samuel Gomane Selimane, e o Centro Terra Viva (CTV) representado pela sua Directora Executiva, Dra Samanta Remane, assinaram esta segunda-feira um Memorando de Entendimento com o objectivo de fortalecer a coordenação e a intervenção conjunta na promoção da justiça social e ambiental. Entre os principais objectivos do Memorando consta a promoção do acesso à justiça e dos direitos das comunidades no uso da terra e na gestão dos recursos naturais. Através deste instrumento, o CTV compromete-se a apoiar a Procuradoria Provincial em várias frentes, incluindo a capacitação contínua de operadores judiciários, autoridades locais e membros do Sistema de Administração da Justiça (SAJ), por forma a melhorar a aplicação das leis e promover a consciencialização jurídica das comunidades sobre seus direitos e deveres. A Procuradoria, por sua vez, desempenhará um papel essencial na fiscalização e no acompanhamento da aplicação das leis, assegurando que as violações dos direitos das comunidades sejam tratadas de forma justa e que os cidadãos tenham acesso aos mecanismos de defesa jurídica adequados. O CTV, com mais de 20 anos de experiência na promoção e defesa dos direitos ambientais, tem estado a formar paralegais em todo o país, de forma a lidar com questões jurídicas relacionadas ao meio ambiente, uso da terra e outros recursos, com destaque para a participação das comunidades locais na tomada de decisões sobre o seu uso e aproveitamento. Uma das principais iniciativas a ser implementada pelo CTV e a Procuradoria Provincial de Maputo é a formação de paralegais e agentes comunitários, realização de workshops, seminários e campanhas de sensibilização direccionadas às comunidades locais. Essas actividades terão como objectivo disseminar informações sobre os direitos das comunidades em relação à terra e outros  recursos naturais, utilizando diversos meios de comunicação social e plataformas. Com esta parceria, a Província de Maputo dá um passo significativo para garantir que a gestão dos recursos naturais não seja apenas uma questão de interesse económico, mas também uma questão de justiça social e ambiental para todos.

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